Utilização das cores nos ambientes
Em hospitais
ou clínicas consultórios médicos deve-se prestar atenção
quanto ao uso da cor nos ambientes. Ela é um instrumento que pode auxiliar
na recuperação dos pacientes, favorecer o trabalho dos profissionais
e influir na imagem interna do local.
Doutor em Programação Visual na Faculdade de Arquitetura da
USP, o consultor de cores em ambientes e arquiteto João Carlos de Oliveira
César elaborou um projeto indicando o uso da cor para hospitais. Segundo
ele, existe uma abordagem específica para cada ambiente: "Em um
centro cirúrgico a prioridade é o médico, onde sua longa
permanência é amenizada com cores mais neutras, como o verde,
que não acalma e nem excita", explica César. "Além
disso, o verde está ligado à esperança e há quem
diga que ele teria um aspecto antibactericida e antigermicida".
Familiares e acompanhantes não devem ser esquecidos. Segundo o consultor,
para as salas de espera, indica-se o uso de cores mais frias, para atenuar
o nervosismo e ansiedade característicos de quem está no local.
Nos corredores, cores como amarelo, para um ar menos depressivo, quebram a
chateação de quem está no hospital.
Um hospital que já com o poder de influência da cor nos ambientes
é o Copa D'Or, localizado em Copacabana, no Rio. A unidade foi pintada
de azul claro e areia. As cores foram escolhidas de acordo com os princípios
da cromoterapia e teriam a propriedade de tranquilizar as pessoas. "Fizemos
o mesmo na UTI pediátrica, com bons resultados", conta o gerente
administrativo do hospital Valteci Vicentino da Silva.
No entanto, o arquiteto João Carlos de Oliveira César ressalta
que o azul deve ser evitado nos locais onde o paciente está, ou em
caso de doenças graves, porque elas podem interferir no processo de
recuperação do paciente. "Esta cor instiga a retração
e pode retardar a evolução para um quadro melhor".